Presos catarinenses reclamam de mosquitos e do calorão na Penitenciária Federal de Mossoró

No rígido sistema disciplinar da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, outros motivos estão incomodando os criminosos da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC): os mosquitos e o calorão diário de mais de 35 graus.

A prisão abriga há 25 dias 37 criminosos de Santa Catarina enviados para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) após a segunda onda de ataques e atentados no Estado.

O grupo está numa ala isolada e não teria contato com presos de outros estados e facções, que também são considerados de alta periculosidade. São 22 horas de isolamento. Cada cela abriga um preso, que tem direito a duas horas de pátio.
A prisão é considerada modelo no rigor com os detentos. Nos primeiros dias, os presos reclamaram das altas temperaturas em Mossoró. Mas o que mais estaria incomodando seriam os mosquitos. As celas contam com leve abertura na lateral superior e não há telas para impedir a entrada de insetos e pernilongos.

— Chegaram reclamando, pedindo repelente e até protetor solar.


Por enquanto, o prazo estabelecido pela Justiça é de que os detentos do PGC podem ficar por um ano no RDD federal, mas esse período é renovável por mais 365 dias.

A penitenciária fica numa área de mata e a 267 quilômetros da capital. Custou R$ 25 milhões e conta com cerca de 200 vagas, sendo que pouco mais de 50% estariam ocupadas.

O prédio tem 12 mil metros quadrados e quatro pavilhões. A segurança é máxima, há 260 câmeras e sensores de movimento espalhados nas cercas.

Outros três líderes do PGC foram transferidos - também em fevereiro - para o presídio federal de Porto Velho, em Rondônia.


DIÁRIO CATARINENSE